sábado, 13 de outubro de 2012

O dia em que os deuses se tornaram humanos!




Escrito por Marcio Alves

Há milhares de anos atrás, muito depois da criação humana, os deuses poderosos e imortais, fardos de suas eternidades, de suas previsíveis vidas, de seu gozo eterno, intocáveis, debruçados nas janelas do céu, viam os humanos viverem suas vidas finitas, imprevisíveis, frágeis e tão belas de trágicas, que alguns deuses começaram a se questionar quem realmente tinha uma vida preciosa; eles que nunca se surpreendiam, que não passavam por dificuldade, que nunca morriam, ou, os humanos que viviam cada dia como se fosse o ultimo, pois a qualquer momento podiam morrer.

Estes pensamentos em comparar suas vidas eternas com as vidas dos mortais, começou a causar inveja em muitos dos deuses, que já estavam cansados de serem deuses, de serem imortais, de todo dia ser o mesmo dia e isto infinitamente, sem poderem nunca vir deixar de existir.

A vida humana então passou a ser desejada pela maioria dos deuses, embora ainda não houvesse ninguém que tivesse a coragem de abrir mão de sua posição onipotente e onisciente para se tornar humano, pois todos eles sabiam que este era um caminho sem volta; uma vez humano, humano até morrer, pois esta era a sentença dos deuses para os humanos ‘’do pó viestes e ao pó retornarás’’, portanto, uma vez que algum deus resolvesse abrir mão de sua condição imortal, não podiam nunca mais voltar a ser deus, e, estaria condenado depois da morte a não existência pra sempre.

Até que um dia que sempre era igual para os deuses, um deles, tomou a decisão que todos queriam, mas não tinham coragem, se colocou de pé no limbo e disse em alto e bom som: ‘’Serei o primeiro a abrir mão da eternidade, pois não suporto mais ser eterno, esta vida sem fim, sem emoção, sem desafio, não tem a menor graça e valor, eles, os humanos, e que vivem de verdade, pois suas vidas são efêmeras, e por serem efêmeras são preciosas cada minuto de sua frágeis existências” e completou “serei um deles a partir de agora”.

A partir daquele momento ouve silencio no limbo e caiu uma profunda admiração nos deuses por aquele deus que agora passara a ser um humano, e, ele foi chamado na terra de Moises líder do povo judeu, homem extraordinário.
E assim, deus após deus, foi, um a um abrindo mão de sua posição para se tornar um humano, fantástico, mas ainda sim, apenas humano, demasiado humano.

Alguns se tornaram lideres bons como Gandhi, outros ainda, se tornaram lideres maléficos, que conseguiram arrastar uma multidão de seguidores para o mal como Hitler, mas, todos, sem exceção entraram para a historia da humanidade, para a seleta galeria de heróis, lideres, esportistas, humanistas e gênios da espécie humana, galeria esta da qual o mundo nunca se esquecerá, e, de que, tiveram seus nomes escritos em tabuas de mármores, os quais o vento e o tempo nunca conseguirá apagar, mesmo que suas vidas tenham chegado ao fim.

Até hoje, dizem, que vez por outra, um deus deixa de ser deus para estar entre nós como apenas humano, e, estes são facilmente reconhecidos, pois são extraordinários entre nós....desconfio que Nietzsche, Jesus, Ainstein, Freud, Nilton, até mesmo Pelé, Ayrton Sena e outros grandes da historia da humanidade eram deuses que se tornaram humanos, mas que só não sabe ou não souberam disto, porque o pacto que eles, deuses, fizeram, foi que ao se tornar humanos, eles não se lembrassem que um dia foram deuses.

Agora, resta saber se ainda há deuses, ou se todos já se tornaram humanos, ou se ainda há algum, qual será o próximo extraordinário ser humano que ele se transformara e surgirá na humanidade para entrar na galeria dos grandes que fizeram historia e mudaram os rumos da humanidade.

A divina revelação do Inferno (Mary K. Baxter)


Resumo do Livro:

 I - Introdução

Uma caudalosa enxurrada de testemunhos de pessoas que supostamente estiveram no céu ou no inferno tem proliferado no meio dos cristãos evangélicos. São relatos surpreendentes, porém extremamente sensacionalistas e repletos de aberrações teológicas. Revelam ser, na verdade,  produto de uma mente brilhante, capaz de produzir filmes como Guerra nas Estrelas, E.T. e tantos outros, arrancando até mesmo aplausos do gênio da ficção científica hollywoodiana, Steven Spielberg.

A Divina Revelação do Inferno foi publicada originalmente em inglês com o título: A Divine Revelation of Hell, em 1993, nos Estados Unidos. A autora, Mary Baxter, é ministra da Igreja Nacional de Deus, em Washington, EUA. Nasceu em Chattanooga, Tennessee, EUA. Segundo relata, começou a ter "visões" de Deus na década de 60, em Michigan; mas foi em 1976, que Jesus teria aparecido para ela, na forma humana, em sonhos, visões e revelações, durante quarenta noites, e mandou-a transmitir as profundezas, degradações e tormentos das almas perdidas no inferno (pp. 183, 184). 


Entre as pessoas citadas, que indicam o referido livro, encontra-se a Sra. Marilyn Hickey, que num de seus livros ensina ter Noé, sob o efeito da embriaguez,  praticado atos homossexuais com seu neto Canaã, além de dizer que o homem possui a natureza de Deus, tornando-se participante de “todos os seus atributos” [i] . Percebe-se, pois, que a insensatez acompanha não apenas a obra indicada, mas também quem a indicou.

Outro nome de peso é o de David (Paul) Yonggi Cho, que declarou [ii]: "Eu li este livro, tremendo no meu coração. Eu realmente creio que Rev. Baxter teve um verdadeiro encontro com a realidade do inferno na sua experiência da revelação de Jesus Cristo nosso Senhor" (quarta capa). Apesar de ser notável no meio evangélico, o Sr. Cho pode cometer erros (ele não é infalível!); aliás, não seria a primeira vez que ele ensina algo inconsistente (teologicamente falando). Em uma de suas obras, Cho diz que pediu a Deus três coisas: uma escrivaninha, uma cadeira e uma bicicleta; contudo, Deus disse que não poderia atendê-lo pela seguinte razão: Cho não especificou o que queria. Deus lhe teria dito: "Será que você não sabe que há dezenas de tipos de escrivaninhas, cadeiras e bicicletas? Mas você simplesmente pediu-me uma escrivaninha, uma cadeira e uma bicicleta. Não pediu uma escrivaninha específica, nem uma cadeira nem uma bicicleta específicas". [iii] Sem perceber, o Sr. Cho atentou contra a onisciência de Deus que, segundo o próprio Jesus, sabe de tudo  que necessitamos, antes mesmo de pedir (Mateus 6:25-32).

Assim, devemos analisar as declarações da Sra. Baxter à luz da Bíblia, e não nos fiarmos em declarações de pessoas que, assim como nós, estão propensas a análises errôneas, não importa quão afamada seja tal pessoa no círculo cristão (Atos 17:10, 11).

III - Contradições
  
O caráter contraditório de algumas declarações desqualificam a "revelação" da Sra. Baxter. Por exemplo: na p. 16 encontramos a suposta declaração de Jesus para ela: “Minha filha, levarei você até o inferno (...). Quero que escreva um livro e conte todas as coisas que vou revelar a você” (grifo acrescentado). Desobedecendo à ordem de Jesus, porém, ela comenta na p. 20: “Algumas coisas, por serem horríveis demais, não consegui passar para o papel” (grifo acrescentado). Ora, por mais que a mensagem a ser transmitida fosse dura, os profetas de Deus declaravam o que ele ordenava, independentemente do que sentiam a esse respeito; tal foi o caso de Jonas, Jeremias, Oséias e outros. A Sra. Baxter revela não possuir características próprias de um profeta de Deus. Para terminar o festival de contradições, diz: "Como obreira de Deus, submeti-me ao comando de Nosso Senhor Jesus Cristo e registrei fervorosamente as coisas que me foram mostradas e reveladas por Ele" (p. 181) — grifo acrescentado.

IV - O Inferno

A Sra. Baxter relata sua "visita" ao inferno nos seguintes termos: "Jesus veio a mim em 1976 (...). Jesus levou-me ao inferno por um período de 40 dias [iv] . (...) No mesmo momento, minha alma foi retirada do meu corpo. Saí com Jesus do meu quarto em direção ao céu. (...) Meu corpo permanecia na cama, enquanto o meu espírito ia com Jesus através do telhado da casa. (...) Depois, começamos a subir cada vez mais e eu já podia ver a Terra embaixo. Saindo dela, de vários pontos, haviam tubos girando em direção a um ponto central, indo e vindo. Eles se moviam como gigantes, continuamente e envolviam a Terra toda. (...) "São os portões do inferno" (pp. 11, 16-18).
A imaginação da Sra. Baxter é fertilíssima. Ela retrata o inferno como se fora um corpo humano. O livro tem alguns capítulos interessantes, como, por exemplo: A perna esquerda do inferno (02), A perna direita do inferno (03), O ventre do inferno (07), O coração do inferno (10), O braço direito do inferno (13), O braço esquerdo do inferno (14), As mandíbulas do inferno (19) etc. Relata a Sra. Baxter (aparentemente citando as palavras de Jesus): "O inferno tem a forma de um corpo (semelhante à forma humana) deitado no centro da Terra. Ele tem a forma de um corpo humano - grande e com muitos compartimentos cheios de tormentos (...). O corpo está deitado de costas, com os braços e as pernas estendidas para fora" (pp. 31, 32, 52, 53). Nada há na Escrituras (nem mesmo na literatura apócrifa) que apóie essa versão da Sra. Baxter.

V - Curiosidades Infernais

O inferno da Sra. Baxter é sui generis. Nada há igual. Numa realidade totalmente espiritual, a Sra. Baxter usa e abusa de seu profuso talento artístico. Veja o que ela "viu" no inferno:
·      Ratos e serpentes (p. 53). Como foram parar ali?

·      Uma alma — com coração e sangue — dentro de um caixão (p. 57). De que era feito esse caixão, só a Sra. Baxter sabe.

·      Uma mulher presa numa cela, cujas paredes eram de "barro" e a porta de "um metal escuro com barras e uma fechadura", e sentada numa "cadeira de balanço, balançando e chorando copiosamente" (p. 70). Pelo que parece, o inferno anda contratando pedreiro, ferreiro e carpinteiro.

·      Há uma cena curiosa: Satanás está despachando com um grupo de mulheres, instruindo-as para enganar a muitas pessoas. De repente, "uma estante alta foi trazida para perto de Satanás e lá havia muitos papéis. Ele pegou alguns e começou a ler para as mulheres" (p. 63). De que eram feitos aqueles papéis que não queimavam nas profundezas ardentes do inferno da Sra. Baxter?

VI - Aberrações doutrinárias

Doutrinariamente, Baxter se revela herege ao ensinar um conceito errôneo sobre a Trindade. Ela afirma ouvir de Deus, o Pai, o seguinte: "O Pai, o Filho e o Espírito Santo são uma única pessoa" (p. 158) - grifo acrescentado. Essa heresia, que não faz distinção entre as "pessoas" da Trindade, chama-se patripassionismo (ou modalismo, também conhecida como sabelianismo). Para os patripassianos, foi o próprio Pai que assumiu a natureza humana, sofreu, morreu e ressuscitou. Diziam que a expressão "Filho" refere-se à carne de Jesus (= natureza humana), e que "Pai" é o elemento divino unido à carne (= Deus) [v] . Hoje, muitas seitas ensinam tal heresia, como por exemplo o Tabernáculo da Fé, Igreja Pentecostal Unida do Brasil, Igreja Voz da Verdade, Testemunhas de Ierrochua etc. 

No inferno da Sra. Baxter, Satanás jamais sofre; ao contrário, ele conta com um "Centro de Divertimento" (p. 80), onde ele e seus demônios deleitam-se com a desgraça alheia (p. 82). O apóstolo João, porém, diz que Satanás, ao invés de ter um "centro de divertimento", será atormentado pelos séculos dos séculos (Apocalipse 20:10).

VII - Torturada no Inferno

Ao visitar o "coração" do inferno (capítulo 10), juntamente com Jesus, ele a abandonou, entregando-a aos demônios. Ela conta que sofreu tormentos, foi aprisionada, ajoelhou-se diante de Satã. Diz Baxter: "espíritos na forma de morcegos me mordiam por toda parte" (p. 90). Ao indagar de Jesus a razão desse incidente, a resposta foi: "Minha filha, o inferno é real. Mas você jamais poderia ter certeza até que experimentasse por si mesma. Agora você sabe da verdade e o que é estar perdido para sempre lá. Você poderá relatar para os outros a sua experiência, sem sentir nenhuma dúvida" (p. 92). O "Jesus" que conduziu a Sra. Baxter ao inferno não era o Jesus da Bíblia (II Coríntios 11: 4). O que a Sra. Baxter conheceu não se deu por satisfeito e, após essa experiência traumática, enviou-a mais uma vez para os tormentos infernais, desta vez às mandíbulas do inferno (capítulo 20). Depois de entrar em colapso, ela declarou que queria "estar bem longe – longe de Jesus, da minha família e de qualquer pessoa" (p. 92). Certamente que o Jesus dos Evangelhos não submeteria nenhum de seus "irmãos" a horrendas atrocidades, como se ele fosse um carrasco nazista.

VIII - Sábios conselhos

Não há muito que aproveitar d' A divina revelação do inferno. A Sra. Baxter deveria levar a sério o que seu "Jesus" lhe disse: "Mantenham-se afastados dos falsos profetas que falam em Meu nome e espalham doutrinas falsas. Despertem! Despertem!" (p. 114). Para concluir, o "Jesus" da Sra. Baxter revelou medíocre conhecimento sobre o inferno, mas, em contrapartida, estava certo quando disse: "Minha filha, algumas pessoas ao lerem o livro que você vai escrever, acharão que tudo isso é uma obra de ficção" (p. 129). Dito e feito!


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