quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Decepcionado com Deus - Philip Yansey

Resumo do Livro:

Lidar com o sofrimento é o mais duro teste para a fé. A princípio, parece uma contradição: por que Deus permite situações de tamanha calamidade pessoal na vida de pessoas que se dispõe a crer e confiar nele? Muitas delas não resistem a esses testes e sucumbem.

Em Decepcionado com Deus, Philip Yancey aceita o desafio de analisar, à luz da Bíblia, a questão do sofrimento e investigar a função da dor na formação do caráter. Em vez de apoiar-se em velhos clichês usados para justificar situações extremas - e que, via de regra, não satisfazem a alma daquele que passa por elas -, o autor humaniza a discussão, dando espaço até para o desabafo de quem se acha marionete ou cobaia de Deus supostamente injusto.

Ao mesmo tempo, numa demonstração de profunda sensibilidade à mensagem das Escrituras Sagradas, Yancey revê o próprio conceito de sofrimento e mostra que as provas da vida ajudam o cristão a aperfeiçoar sua comunhão com o Senhor e compreender melhor a dimensão da graça. O escritor vai mais além e revela como um aparente desastre pessoal pode contribuir para o processo de reconhecimento da dor do próximo, gerando a compaixão.

"O autor mostra como, muitas vezes, nossas súplicas são tentativas inconscientes de encaixar Deus nos parâmetros da nossa inteligência limitada. Então, incrivelmente, nos decepcionamos com Deus por não se submeter à nossa vontade."

Critica da Razão Pura - Immanuel Kant


Resumo do Livro:

Kant, em sua Crítica da Razão Pura, procura, a partir de um método crítico a priorístico, denominado por ele de filosofia transcendental, buscar expor os limites e as condições de possibilidade do conhecimento humano.

A filosofia transcendental, por ele assim criada, busca apontar as razões que realmente poderiam fundamentar as verdades que poderiam se tornar ciência, ou seja, as necessárias e universais. Isto é, as que podem ser aceitas aqui e em qualquer outra parte do universo.

Para tanto, no prefácio desta obra explicita a questões primordial de sua obra: a busca pelos juízos sintéticos a priori da metafísica. Tal tarefa assim constituída a tarefa primordial daquela obra, passa a ser analisada nas partes posteriores denominadas de Estética Transcendental e Analítica Transcendental.

A solução para tal questão se dá pelos elementos a priori da faculdade da sensibilidade, espaço e tempo, e os do entendimento, as categorias. A relação destes elementos para com os objetos a posteriori geram o conhecimento empírico.

Sobre o autor: Immanuel Kant
Immanuel Kant ou Emanuel Kant (Königsberg, 22 de abril de 1724 — Königsberg, 12 de fevereiro de 1804) foi um filósofo prussiano, geralmente considerado como o último grande filósofo dos princípios da era moderna, indiscutivelmente um dos pensadores mais influentes.

Depois de um longo período como professor secundário de geografia, começou em 1755 a carreira universitária ensinando Ciências Naturais. Em 1770 foi nomeado professor catedrático da Universidade de Königsberg, cidade da qual nunca saiu, levando uma vida monotonamente pontual e só dedicada aos estudos filosóficos. Realizou numerosos trabalhos sobre ciência, física, matemática, etc.

Kant operou, na epistemologia, uma síntese entre o Racionalismo continental (de René Descartes e Gottfried Leibniz, onde impera a forma de raciocínio dedutivo), e a tradição empírica inglesa (de David Hume, John Locke, ou George Berkeley, que valoriza a indução).

Discurso sobre o método - René Descartes

Resumo do Livro:

Publicado originalmente em 1637 o Discurso do Método de René Descartes é uma das mas famosas obras da literatura filosófica, sendo por muitos considerado o texto fundamente da ruptura cultural que da origem a Filosofia Moderna.

O texto é composto de seis partes onde o autor, partindo de um relato de sua biografia intelectual, expõe de maneira clara e sucinta os grandes traços de seu novo sistema filosófico.Descartes começa seu texto apresentando os grandes parâmetros de sua formação cultural. Aluno de uma das mais prestigiadas escolas européias, a Escola dos Jesuítas em La Flèche, pode receber o que de melhor tinha a ofertar a cultura de seu tempo. 

Estudou Lógica que considerava um interessante instrumento uma vez que estejamos de posse da verdade, mas que em nada auxiliava a obter a verdade; estudou Teologia, sabe importante sem dúvida, todavia dispensável, pois desde que tenhamos fé em Deus, nossa salvação estará assegurada; estudou Filosofia e, sobre essa, chegou a uma triste conclusão: a história da filosofia nos mostrava de que não existia nada de tão absurdo que já não tivesse sido afirmado alguma vez por algum filósofo. 

Em todas as disciplinas que estuda, a exceção da matemática, cuja aplicabilidade a problemas concretos somente se dará a partir e por causa de Descartes, constata ele que a cultura em geral não oferece nenhum saber que seja isento de dúvidas e útil para vida. Cabe portanto, concluir Descartes reformar o conhecimento e fundamentá-lo a partir de novas e sólidas bases. Tal é a tarefa que será delineada no Discurso do Método e buscada por toda a vida de Descartes.Para obter esse resultado, Descarte elabora um método que consta de quatro regras: 

1) Não aceitar nada que não seja evidente e evitar a prevenção e a precipitação; 

2) Dividir um problema em tantas partes quantas forem possíveis e necessárias, a chamada regra da análise; 

3) Conduzir o pensamento por ordem, partindo dos objetos mais simples para os mais complexos, a chamada regra da síntese; 

4) Efetuar enumerações tão completas de modo a ter certeza de nenhum elemento ter sido esquecido.

Aplicando esse método aos objetos culturais, quais deles podem ser ditos tão evidentes que não possam ser colocados em dúvida? Todos os dados dos sentidos podem nos enganar; da mesma forma todos os objetos da razão igualmente o podem.... nada existe que seja dado ao homem que não posso ser posto em dúvida; todavia, se de tudo podemos duvidar, não podemos duvidar do fato de estarmos duvidando. Ou seja, em toda a dúvida está presente a certeza do sujeito que duvida; ora constata Descartes, se duvido pelo e, se penso logo existo. 

O conhecimento não deverá pois ser construído a partir de certezas externas, sempre falíveis, mas sim da única certeza indubitável, a certeza do Cogito.Certo, poderemos argumentar contra Descartes, mas e daí? Como sair da certeza do solipsismo para a certeza dos objetos do mundo? Analisando o que nos dá essa certeza inicial Podemos constatar que somos uma substância cuja essência consiste no pensamento, o que significa que que não existe uma união necessária entre o corpo e o espírito, já que é possível duvidar de que tenhamos um corpo, mas não uma razão pensante. 

Essa razão pensante, na medida em que duvida se descobre como imperfeita. Ora, nos diz Descartes, de onde vem essa idéia de perfeição? Não pode vir dos objetos do mundo na medida em que aí não a encontramos; não pode ter sido criada por nós, pois somos imperfeitos e, no entanto, a temos. Como se pergunta Descartes? Só pode ser uma idéia inata, impressa em nós por aquele que nos criou ? Deus. 

Da existência de Deus, ser criador dotado de todas as perfeições, não é possível que nos enganemos sempre, pois aí o ser perfeito teria criado algo absolutamente imperfeito. Logo, a única coisa que nos impede de conhecer a verdade é não procedermos de forma metódica.

No Discurso do Método, Descartes parte da certeza inicial do sujeito pensante, nela descobre Deus como idéia inata, dai conclui a impossibilidade do erro absoluto e propõe como forma de superação a adoção das regras metodológicas Temos assim o saber fundado agora na subjetividade humana e não mais no ser. 

Quando for possível a essa subjetividade, e esse é o processo da evolução da ciência moderna, apenas com base em regras metodológicas constituir a verdade, deus se tornará desnecessário ao saber, sendo recolhida aos recônditos da subjetividade humana.Descartes abre assim o caminho para o desencantamento do mundo.

Noreda Somu Tossan


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