domingo, 29 de setembro de 2013

O Príncipe da Névoa - Carlos Ruiz Zafón



Resumo do Livro:
 
O Príncipe da Névoa, de Carlos Ruiz Zafón, publicação da Editora Suma das Letras. Zafón, espanhol de Barcelona que vive em Los Angeles, é muito conhecido pelo livro A Sombra do Vento, que vendeu mais de dez milhões de exemplares no mundo todo. Seus livros mais recentes, publicados pela Editora Suma das Letras, são Marina e O Prisioneiro do Céu.

Livro 1 - O Príncipe da Névoa - Carlos Ruiz Zafón O Príncipe da Névoa, a exemplo do livro Marina (se você quiser, pode ler a resenha clicando aqui), é um livro voltado para o público infanto-juvenil. Foi com o intuito de voltar à minha juventude que eu li esse livro muito legal e foi com espírito aventureiro que mergulhei no mar gelado onde mora Max, um menino corajoso e feliz. Filho de um relojoeiro e de uma dona de casa esmerada em cuidar dos filhos, eles se veem obrigados a mudar de casa e de cidade, fugindo da guerra. Então, todos juntam seus pertences e rumam para uma casa à beira-mar, que foi abandonada pela família anterior.

 “Naquele dia, sem saber, enquanto contemplava a família andando para cima e para baixo com as malas e apertava nas mãos o relógio dado por seu pai, Max deixou para sempre de ser um menino.”

O mistério todo que envolve a casa e a família que a deixou é algo também doloroso. Depois de muito tempo de casados, os Fleischmann conseguiram ter um filho. Um menino saudável que tornou-se a alegria da casa e dos pais. Mas, quando o menino estava com sete anos, morreu afogado e seus pais não conseguiram mais viver no local que lhes trazia tanta dor e lembranças. Por isso, Max, como todo garoto curioso, vasculhou e acabou achando um projetor e alguns filmes que mostram um jardim de estátuas que o deixou fascinado.

Ao visitar pessoalmente o jardim que fica nos fundos da casa, Max sente coisas muito esquisitas e pressente, mesmo sem querer, que há algo muito estranho com aquelas figuras, que parecem mudar. Ora, como pode acontecer isso, as estátuas mudam de posição?

Mas a vida de Max e suas irmãs, Irina e Alicia, segue de forma bem normal. Max e Alicia fazem amizade com Roland, um menino que vive no mar e é criado pelo avô adotivo, que cuida do farol. Víctor Kray cuida do farol que ele mesmo construiu, depois de ser o único sobrevivente do naufrágio no navio Orpheus. O naufrágio até hoje é motivo de buscas por Roland, que frequentemente traz para casa objetos recolhidos do navio, sem nem ter ideia dos perigos que corre.

Então os amigos formam um grupo alegre e feliz, mesmo perseguido por estranhos acontecimentos e pelas fantasmagóricas histórias de Víctor Kray. Tudo isso dará continuidade a uma história cheia de segredos e aventuras inigualáveis, onde estátuas de artistas circenses são somente o começo de um desfecho maravilhoso e cheio de novidades.

O livro é interessantíssimo, cheio de surpresas muito legais. Embora seja classificado como infanto-juvenil, serve para qualquer idade, desde que os leitores adorem suspenses, mistérios e aventuras.

sábado, 28 de setembro de 2013

Deus, um delírio - Richard Dawkins


Por Edson Moura

Resumo do Livro:
 
Nesta Obra, já clássica, o mundialmente aclamado biólogo evolucionista Richard Dawkins, como um poderoso vento epistemológico purificador varre completamente as crenças infantis, irracionais por definição, professadas pela maioria dos adultos. A maioria dos quais, segundo o também racionalista Sam Harris, “capazes de perpetrar os mais cruéis e violentos atos de atrocidade contra seus semelhantes, supostamente para provar a superioridade ética de suas crenças irracionais, ilógicas e cruelmente nocivas.

          Dawkins apresentou – paralelamente ao desenvolvimento do livro em tela – uma série de programas na BBC, intitulados “A Raiz de Todo o Mal”: a religião.

          Neste Best Seller monumental, saudado pelos mais renomados intelectuais e cientistas do mundo contemporâneo, Dawkins desnuda completamente as fragilidades das crenças religiosas, assim como todas as atrocidades monstruosas cometidas em seu nome ao longo dos séculos.

          Deliberadamente, declara, optou por não frisar os pontos já mundialmente condenados das práticas cristãs – vale aqui ressaltar que se ateve principalmente às religiões cristãs e as que a precederam na mesma linhagem (nomeadamente o Judaísmo e o Islamismo) por serem aquelas com que tem maior familiaridade – não se encontrará em toda a Obra uma única observação acerca das Cruzadas, da Santa Inquisição e de outras monstruosidades monumentais praticadas pelos cristãos ao longo dos séculos.

          Atém-se principalmente às provas ou contraprovas da existência de Deus (entendido miseravelmente como a maioria dos crentes o entende: uma espécie de Macho-Alfa vivendo num lugar indeterminado, uma espécie de “céu espiritual”, que teria criado o mundo e tudo o que nele existe (incluindo os seres humanos) a pouco mais ou menos de 5.000 anos, mantendo-se particularmente atento ao que todos os cerca de 6 Bilhões de seres humanos do planeta Terra pensam e fazem durante as 24 horas do dia nos 7 dias da semana.

Confessa-se, com toda a seriedade e honra de um cientista dedicado que não é possível provar a inexistência de Deus da mesma forma que não é possível provar a inexistência de fadas, gnomos, unicórnios, Saci-Pererê, mulas-sem-cabeça, etc. A apresentação de argumentos e provas cabais de suas existências, cabe sim a quem acredita nestas coisas, não a quem não encontrou provas suficientes a corroborar a alegação da maioria.

A opinião da maioria é outra questão em aberto que merece reflexão. Não serve como prova de nada, evidentemente: durante milênios a maioria tinha certeza de que a Terra era achatada e fixa no Cosmos. Aproveito o ensejo para citar o magnífico poema do Álvaro de Lucca: “A Voz do Povo é a Voz de Deus/Que Povo?/Que Deus?/O que mandou soltar Barrabás?/O que delirou com Hitler?/O que aplaudiu Stálin?/O que pediu e aprovou a Ditadura Militar no Brasil?” – esclareço que esta inserção é minha: Dawkins toma o rigoroso cuidado científico de não se aventurar nas cearas política ou econômica. Este resenhista é que está convencido de estarem estas dimensões (religião, política e economia) intimamente relacionadas.



Arrolemos alguns dos argumentos do Autor:

_ O Boeing 747 definitivo; os criacionistas resumem sua fé numa assertiva mais ou menos assim: “a hipótese de a vida dos seres complexos haver surgido por acaso é tão absurda quanto imaginar que um furacão passando por um ferro-velho construa um Boeing 747 perfeito”.

          O grande problema dos criacionistas, neste caso, tem a ver com a confusão que fazem entre o fato da Evolução das Espécies no Planeta Terra e algo como o “Acaso”. Datando a existência do Cosmos em cerca de 5.000 anos (contrariamente às descobertas científicas dos Astrônomos com seus Telescópios a perscrutar o Universo Infinito que o dataram com precisão a, no mínimo, 15 Bilhões de Anos e o Planeta Terra em 4,5 Bilhões de anos), ignoram os desdobramentos derivados de todas as provas e evidências encontradas e precisamente datadas a comprovar como se formou e evoluiu, gradualmente, num processo lentíssimo, mas precisamente registrado nas profundezas da Terra onde se encontram camadas de materiais distintos e fósseis com traços somente explicáveis através de um processo evolutivo gradual (NÃO CASUAL).

_ O Abuso de Crianças pelas religiões; não, Dawkins não desce ao nível do que determinados religiosos vêm fazendo com crianças ao longo dos séculos e que se tornou escândalo nos últimos tempos. O problema é a doutrinação, este é o abuso infantil. Ninguém se refere a uma criança como “social-democrata”, “neoliberal”, “comunista”, “existencialista” ou o que o valha. São temas demasiado complexos para que a mente infantil tenha condições de formar uma opinião a respeito. Contudo, não há pudor algum em impregnar os infantes com preconceitos e imprecisões religiosas tornando-se comum chamar uma criança de “católica”, “protestante”, “muçulmana”, “judia”, etc. NÃO! A criança pode ser filha de pais católicos, ou protestantes ou o que o valha. Mas não dispõe ainda da sofisticação intelectual necessária a formar uma opinião abalizada a respeito. Que as crianças sejam poupadas desta forma monstruosa de abuso a tolher-lhes a liberdade de raciocínio escravizando-as aos pré-conceitos irracionais dos pais (que os receberam da mesma forma em sua infância, etc.)

_ Se Deus não existe, por que ser bom? – Humanos, somos naturalmente dotados de senso do certo e do errado, de uma profunda moralidade que subsiste apesar – não “por causa” – da religião. Leia-se o que os livros religiosos ensinam a fazer com “pecadores”, “infiéis” e “hereges” e se verá que nenhum livro religioso escrito durante o Neolítico traz balizamento moral a um comportamento civilizado.

Fica a leitura enfaticamente recomendada principalmente por seu rigor científico.

domingo, 22 de setembro de 2013

A Garota que eu quero - Markus Zusak

Resumo do Livro:


Olá! Hoje trago para vocês o último livro da trilogia maravilhosa de Markus Zusak, chamada Irmãos Wolfe. Zusak é australiano e vive em Sydney, com a mulher e a filha. Famoso por seu livro A Menina que Roubava livros, figurou por mais de um ano na lista de mais vendidos no Brasil. Esta é uma publicação da Editora Intrínseca, mas os livros anteriores foram lançados por outra editora e você pode ver as resenhas neste Blog.

O livro chama-se A Garota que eu Quero e novamente temos as intrépidas aventuras vividas pelos irmãos Wolfe. Só que o diferencial desta trilogia é que a narrativa e o foco é sempre Cameron. É ele o centro das nossas percepções e das nossas emoções, pois nos envolve com seus dilemas e problemas naturais de um menino suburbano e sem perspectiva de melhoria de vida.
A partir daqui você poderá ter spoilers dos livros anteriores.

Os irmãos passaram por tempos turbulentos, que vão desde o envolvimento com jogos de azar, as lutas nas casas clandestinas até a doença que impossibilitou o pai de trabalhar, deixando o clima horroroso dentro de casa. Então agora as coisas melhoraram um pouco, não que estejam ricos, mas se o pai pode trabalhar, as coisas vão de vento em popa. A irmã deixou de lado as noitadas e resolveu enfiar a cara no trabalho e Rube não para de desfilar cada dia com uma garota diferente.

Cameron segue com sua sina de menino quieto e aparentemente frágil, mas agora ele está mais centrado e sente que alguma coisa vai mudar, ele só não sabe o quê. É claro que os sentimentos normais da puberdade estão no limite máximo e, mais da metade de seus pensamentos são mulheres. E ele não perdeu ainda o hábito de vigiar a casa de uma menina que nunca o viu e esse isolamento e essa solidão estão deixando seu irmão Rube e sua atual namorada, Octavia, preocupados.

“Eu queria apenas ser tocado por uma garota, um dia. Queria que ela não me olhasse como se eu fosse um perdedor imundo, rasgado, meio risonho e meio carrancudo que tentava impressioná-la.”

Bom, o que posso acrescentar é que Rube continua galanteador, inquieto, desfilando na cara de Cam várias e várias namoradas, mas uma chama a atenção, por não ser tão “vadia” quanto as outras. Acontece que Rube não segura muito tempo o relacionamento com Octávia, e algo dentro de Cam diz que ele não ficará feliz em deixar de vê-la e, por incrível que pareça, ela também não quer deixar de ver o irmão introspectivo, mas de bom coração.

Fiquei muito feliz com o desfecho. O tom do livro segue o padrão muito bom dos anteriores e o crescimento e a maturidade de Cam ficam bem evidentes. É muito bonito de ver, ao longo da história, o quanto ele cresceu e deixou de lado o medo de não ser nada nem ninguém, e assumiu seus sentimentos, colocando-os para fora por meio da escrita.

O autor presenteou-nos com um final surpreendente, lindo, nem preciso falar que a edição da Intrínseca está maravilhosa. Mesmo seguindo o molde dos livros anteriores, a editora deu um toque especial, deixando as páginas mais bonitas e a revisão impecável. E também a narrativa do autor é um dos grandes diferenciais dessa série.

Super-recomendo a leitura de A Garota que Eu Quero, é um livro que pode ser lido isolado, mas se fosse você, não perderia por nada essa trilogia inspiradora e digna de sentimentos nobres e muito reais.

O Jogo do Anjo - Carlos Ruiz Zafón

Resumo do Livro:



David Martím, trabalha em um jornal, como revisor e redige os textos dos seus colegas de redação. Ele tem 17 anos e é o caçula entre eles. Até que um dia a pedido da estrela do jornal, Pedro Vidal, seu chefe resolve dar-lhe uma chance e ele escreve seu primeiro texto. Sua história faz um enorme sucesso e passa a ser uma coluna semanal intitulada de "Os mistérios de Barcelona". A heroína de suas histórias é Chloé Permanyer, uma vampira, uma femme fatale, que extermina a escória do mundo. Seu sucesso faz com que seus companheiros de trabalho comecem a lhe desejar o mal.

E quando ele recebe um convite dentro de um envelope lacrado com uma imagem de um anjo, ele pensa tratar-se de alguma brincadeira de mal gosto de seus colegas. Dentro do envelope tem um bilhete de alguém que diz ser seu fã e diz a ele para ir a um endereço, que ele terá uma surpresa. O endereço em questão é de um bordel de luxo. Quando ele chega, qual não é a sua surpresa, pois no quarto em que ele é levado, se encontra a sua heroína, Chloé. Dizem que a gente não sabe o que é ter sede até beber pela primeira vez. É isso que Martím está sentindo, por isso ele volta ao bordel, mas ao chegar lá, ele só encontra uma casa velha e queimada. E ao pesquisar sobre ela no jornal ele descobre que a casa nunca mais foi aberta, desde que a 15 anos houve um incêndio no local.

Um ano depois, ele é despedido do jornal e após um tempo desempregado ele começa a escrever um folhetim intitulado "A cidade dos malditos". Ele ganha mal e trabalha o tempo todo e isso começa a acabar com sua saúde. Quando sai o primeiro volume, ele recebe um envelope idêntico ao que continha o convite de alguns anos atras e dentro tem um exemplar do livro "Grandes Esperanças", o mesmo que pertenceu a ele quando ele era criança, e que lhe foi dado pelo sr. Sempere. Ele sabe que é o mesmo, pois o livro ainda tem as manchas de sangue de quando ele segurou-o logo após apanhar de seu pai. Seu pai morreu assassinado na porta do jornal em que trabalhava e foi assim que ele passou a trabalhar lá também.

Agora com 28 anos, ele continua escrevendo o folhetim e ainda não tem tempo para nada, mas isso não impede que ele se comprometa com Cristina, empregada de Vidal.. Ela diz a Martím que o livro de Vidal vai de mal a pior e pede que ele reescreva o livro, como se fosse Vidal que estivesse escrevendo. Ele aceita, pois assim vai passar mais tempo com Cristina. Logo em seguida, ele sofre um acidente e quando acorda ele acaba conhecendo o autor dos bilhetes e presentes. Ele faz uma proposta a Martím. Que trabalhe para ele durante um ano e lhe escreva um livro, o que Martím não aceita. Mas logo depois ele descobre que vai morrer, o médico diz que ele tem no máximo mais um ano de vida. Ele decide escrever um livro para que fique alguma coisa sua depois que ele morrer e escreve os dois livros ao mesmo tempo, o dele e o de Vidal.

Mas quando os livro são lançados, o de Vidal faz um enorme sucesso, mas o de Martím as criticas dizem ser uma forma de copia de Vidal e não vende quase nada. E o pior ainda estava por vir. Vidal lhe confessa duas coisas. A primeira é que as balas que mataram seu pai, era para ele e a segunda é que ele vai se casar com Cristina. O mundo de Martím parece desabar. Será que ele vai ter forças para continuar? E será que ele vai aceitar a proposta desse homem misterioso, que promete lhe dar em troca do livro, além de muito dinheiro, seus desejos mais escondidos.

Em O Jogo do Anjo, voltamos a dois cenários conhecidos em A sombra do vento. O cemitérios dos livros esquecidos e a livraria dos Sempere. A história contada nesse livro, se passa antes da história de A sombra do vento. Elas são ligadas, então é interessante ler nessa ordem. O que posso dizer do livro? Quem já leu alguma coisa do Zafón, sabe o estilo do autor, mas quem ainda não leu, não vai entender a grandeza de suas histórias. Só posso dizer que até agora eu ainda não sei se o que eu li era real ou não. O autor faz uma mistura do real e do sobrenatural, que é impossível não ficar nessa duvida. Ao mesmo tempo que eu tinha certeza que tudo o que estava acontecendo era na cabeça do personagem, o autor colocava algum fato que me fazia duvidar disso. Se você gosta de mistério e aventuras com um toque macabro, leia esse livro.

Marina - Carlos ruiz Zafón



Resumo do Livro: 

Hoje trago para vocês Marina, de Carlos Ruiz Zafón, espanhol de Barcelona, conhecido pelo livro A Sombra do Vento (e o Jogo do Anjo), ao qual empresta sua cidade natal como cenário. Zafón vive desde 1993 em Los Angeles onde trabalha como roteirista. Nos anos de 1990 escreveu uma trilogia infanto-juvenil, mas foi com A Sombra do Vento, que vendeu mais de 10 milhões de exemplares no mundo todo, que Zafón ganhou sua merecida fama. Este brilhante autor chega aos brasileiros através da Editora Suma das Letras.

Marina é uma história contada por Óscar, um jovem rapaz que vive em um orfanato. Ele não é órfão, é apenas um menino cuja família não o quer por perto. Um dia, passeando pelas ruas de Barcelona, como sempre faz quando foge para curtir um pouco de liberdade, ele vê Marina. Instantaneamente vê-se encantado por aquela jovem tão segura de si e ao mesmo tempo tão enigmática. Ele se falam e instaura-se, mesmo com certa relutância, um intrincado relacionamento que começa com desconfiança e retração, mas que vai transformar-se em uma parceria inacreditável.

Marina é filha de Gérman, um incrível pintor que nunca conseguiu superar a perda da esposa. Ele passa os dias alienado de tudo e, ao que parece, espera a morte chegar, embora nem ele nem Marina desejem isso.

“Um vínculo de silêncio e olhares unia os dois nas sombras daquela casa, no final de uma rua esquecida, onde viviam afastados do mundo, um cuidando do outro.”

Então, um dia Marina resolve levar Óscar para ver uma cena misteriosa no cemitério e eles envolvem-se num grandioso enigma. Suas curiosidades são abertas pelo achado de um álbum contendo fotos e mais fotos de pessoas com má formação ou então siamesas, que eram tidas na época como artistas de circo. Passam então a viver uma experiência horripilante, onde mescla-se a realidade e a fantasia.

“Era difícil para mim adivinhar quem, e por que, havia reunido semelhante coleção. Um catálogo do inferno. Finalmente, Marina tirou os olhos do livro e se afastou nas sombras. Tratei de fazer o mesmo, mas me sentia incapaz de me afastar da dor e do horror que aquelas imagens transpiravam. Poderia viver mil anos e nunca esqueceria o olhar de cada uma daquelas criaturas.”

Ao achar o álbum, Óscar e Marina puxam o fio de uma teia misteriosa que os leva até Mijail Kolvenik e sua esposa Eva Irinova. Ele um rico inventor, ela uma famosa cantora. O casal perdeu tudo ao ter seu casamento transformado em uma verdadeira tragédia. O tempo passou e muitos nem sabem do acontecido, mas muita gente guarda segredos importantes escondidos nas ruínas de uma vida interrompida. Assim, Óscar e Marina descobrirão que o passado está muito mais presente do que imaginam e terão que enfrentar perigos bem reais em busca da solução para esse mistério.

A narrativa é perfeita, daquelas que não descrevem tudo, deixando espaço para a nossa imaginação. Como leitores, passamos a vivenciar várias histórias dentro de uma só. A cada capítulo temos uma sequência, mas também algo totalmente novo, tornando tudo genial.


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